Inicial

A TRIBO

“A tribo tem seu próprio carisma.

A tribo é um grupo de pessoas enlaçadas pelo amor.

Dessa forma encontram formas de sobreviver, e dessa maneira a tribo exerce uma fascinação especial em uma sociedade carente de amor. A sociedade tolera as comunidades experimentais na medida em que pensa que elas somente dedicam-se a achar soluções para os problemas que nos colocam as proposições utópicas impraticáveis. Se não encontram as soluções, práticas e concretas, terminarão por si mesmas. Se encontram as soluções, a sociedade tenta apoderar-se delas para as neutralizar.

A palavra tribo é aqui utilizada para descrever grupos de pessoas que se acham próximos aos grupos étnicos  que não chegaram a perder nunca sua relação com a terra, o sol, a lua, o vento, a água, o fogo, com o toque, a alegria, o prazer, de conviver, de trocar. As coisas primárias… Grupos cuja existência é o testamento de um certo tipo de natureza não artificial, que lida com a vida sem arrasá-la, buscando harmonia com a natureza das coisas. A tribo é um modo de fazer coisas divertidas e inteligentes juntos. Cada membro pretende o benefício e o bem estar de todos os membros. Uma comunidade onde os indivíduos não estão alienados uns dos outros.

Movendo-se numa sociedade que morre de solidão e de seus terríveis efeitos: o amor artificial, a morte prematura, por rivalidade, ou inimizade, a morte por dinheiro, a morte por envenenamento do gás das indústrias e de nossas instituições e moralismos caducos – a tribo tem sobrevivido às forças opostas dos tempos graças à ajuda mútua.

…não se pode ser uma comunidade completamente livre dentro de uma sociedade capitalista. É uma ilusão imaginar-se que se possa sê-lo. Enquanto o capitalismo estiver em torno de nós, em nosso interior, não teremos possibilidades. Tudo o que podemos é trabalhar criativamente dentro de algumas limitações até que desmoronem os muros. A influência da estrutura pútrida é forte e nós somos fracos. Mas nessa batalha vence o fraco, porque o forte está rígido e podre. Mas os frágeis são flexíveis e estão vivos.”

( Do livro “The life of the theater” de Julian Beck)

 

5 comentários sobre “Inicial

  1. Bruno ELvis 2 de outubro de 2014 / 20:47

    De fato meu caro e ilustre mestre Carlos Freire, a sustentabilidade tem uma importância que nos dias de hoje é vital, caso de vida ou morte, por mais que não vimos atitudes governamentais, tão pouco do ser humano em geral. Não conheço outras realidades de fato, mais as estatísticas de destruição ambiental pelas outras regiões do Brasil são grotescas chegando a mais de 50% e o que é pior, estamos no mesmo caminho. No mais, nos deparamos como um incrível polo industrial em nossa região com uma capacidade de produção gigantesca, porém quase nada de sustentabilidade. Neste momento, minha opinião é uma integração de todas as forças de mídia com o propósito de defender e estudar os processos de sustentabilidade como um todo, das alternativas que ainda temos de produzir sem destruir, de preservar sem derramar sangue, pois tenho uma impressão que a mídia é a única ferramenta que tem o poder de mudar a massa populacional, principalmente no Brasil…

  2. Rafa Maia 29 de setembro de 2015 / 0:35

    Professor Carlos, obrigada por suas aulas e por todo ensinamento passado em sala. Tenha certeza que o senhor contribuiu muito pra nossa formação, principalmente pra minha, onde, na sua matéria de tópicos integradores, minha mende sobre marketing e planejamento, explanou para que eu pudesse ver a minha futura profissão de outra maneira. Meu obrigada e um obrigado em nome da turma CST05S1. Abraços.

  3. Andrealegre Ferreira 3 de abril de 2016 / 14:35

    enfim ,com todo essa grandeza que temos em nosso país é desafiante e gigantesca a responsabilidade de colocarmos em prática tudo isso ,para que esta geração cuide e prepare um caminho para as próximas gerações vindouras.

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